
Os dados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), nesta quarta-feira (29), apontam que a receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas, em Mato Grosso, aumentou de R$ 34,6 bilhões em 2008 para R$ 38,1 bilhões no ano seguinte. Em São Paulo, o ganho das empresas aumentou de R$ 519 bilhões para R$ 554 bilhões. Já em Minas Gerais passou de R$ 148 bilhões para R$ 157 bilhões. No país, o crescimento da renda foi de 8%, de R$ 1,5 trilhão para R$ 1,7 trilhão.
O economista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Adriano Figueiredo, afirma que o desempenho da economia mato-grossense surpreende as expectativas. Conforme ele, alguns setores apresentam crescimento da economia acima da média estadual. O comércio atacadista, por exemplo, registrou em 2009 receita de R$ 21,4 bilhões, que representa um aumento de 11% ante ao que foi registrado em 2008, de R$ 19,3 bilhões. O comércio varejista teve crescimento de 10,9%, de R$ 10,8 bilhões para R$ 12 bilhões. Por outro lado, a renda do comércio de veículos, peças e motocicletas aumentou apenas 3,6%, passando de R$ 4,5 bilhões para R$ 4,6 bilhões.
Quanto à geração de empregos, 20,8 mil empresas do varejo são responsáveis por empregar 114,9 mil mato-grossenses. No segmento de veículos há 25,4 mil trabalhadores e 4 mil unidades de revenda. No setor atacadista a contratação, oriunda da instalação de 2,7 mil comércios, chegou a 24,5 mil pessoas em 2009. Considerando as 27,8 mil empresas de Mato Grosso são gerados 164,9 mil empregos que receberam R$ 1,6 bilhão em salários e remunerações. No Brasil, em 2009, as 1,47 milhão de empresas comerciais em funcionamento no país ocupavam cerca de 8,8 milhões de pessoas. “No varejo, a necessidade de contratação de mão de obra ocorre principalmente para atender a demanda de consumo que também é crescente”, acrescenta o economista.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Paulo Gasparoto, a ascensão da economia de Mato Grosso está relacionada diretamente com o aumento do consumo das classes C, D e E. Conforme ele, essa parte da população está ganhando mais e, consequentemente, comprando mais. Sobre o desempenho do estado, Gasparato destaca que o crescimento mais realista é permanecer na casa dos 10%.
DA REDAÇÃO COM AGORAMT.COM.BR
