Clube brasileiro enfrenta Peñarol, do Uruguai, em partida decisiva nesta quarta

Ao fim da segunda partida da final desta quarta-feira, contra o Peñarol, do Uruguai, o Santos completará 100 jogos na Copa Libertadores da América. O clube paulista participou de 11 edições e soma 56 vitórias, 19 empates, 24 derrotas, 204 gols a favor, 123 contra e dois títulos: 1962 e 1963. A estreia foi com uma vitória por 4 a 3 sobre o Deportivo Municipal (BOL), em 18 de fevereiro do ano da primeira conquista.

E é em busca de uma nova vitória, 48 anos depois da conquista do time comandado por Pelé, que os brasileiros entram em campo, no estádio Pacaembu, em São Paulo, às 21h50, para a partida decisiva. Como o primeiro jogo terminou empatado em 0 a 0, os dois times entram sem vantagens, apesar de o Santos poder contar com o incentivo da torcida.

O Peixe já falhou uma vez na tentativa de ganhar a sua terceira Libertadores, sendo derrotado pelo Boca Juniors (Argentina), em 2003. Naquela oportunidade, a dupla Diego e Robinho não conseguiu superar os argentinos. Desta vez, a esperança santista está depositada nos pés da dupla Paulo Henrique Ganso e Neymar.

Ganso lutou contra uma lesão muscular na coxa direita, que o afastou durante seis semanas dos gramados, para estar na decisão. Recuperado, o atual camisa 10 alvinegro espera ditar o ritmo do jogo no meio-campo de sua equipe. E Neymar tem sido o ponto de desequilíbrio do Santos na competição e se diz pronto para brilhar: "Sonho em ganhar a Libertadores. Vamos jogar em casa e temos chances de vencer. Esperamos estar com a cabeça no lugar e fazer uma grande apresentação para, se Deus quiser, sairmos campeões", disse.

Técnico - Quem também só pensa na vitória é o técnico Muricy Ramalho que, apesar de ser um dos técnicos mais vitoriosos do futebol brasileiro, nunca ganhou uma Libertadores. "Isso é algo que não mexe mais comigo. Fui campeão paulista com o Santos, no mês passado, no mata-mata. O que eu quero é ganhar. Não importa como o torneio é disputado. Por isso, eu digo que isso é algo que não me molesta mais. Me sinto melhor preparado para essa cobrança hoje. Estou curtindo da melhor forma possível a minha carreira", comentou.

Adversários - Do outro lado, os uruguaios chegam ao Brasil apostando no bom retrospecto - eliminou Internacional, Universidad Católica (Chile) e Vélez Sarsfield (Argentina), antes de chegar à decisão de olho em seu sexto título. "O Peñarol é finalista porque tem conseguido bons resultados fora de casa. Vamos tentar ganhar o título. É para isso que viemos", afirmou o técnico Diego Aguirre, que como jogador marcou o gol do último título do Peñarol na Libertadores, em 1987.

E para levantar a taça, o jovem treinador, de 45 anos, deve escalar a mesma formação do primeiro confronto, que terminou empatado, na última quarta, em Montevidéu. Caso a partida desta noite também termine empatada no tempo normal, a decisão irá para a prorrogação, disputada em dois tempos de 15 minutos. Caso a igualdade persista, o campeão da Libertadores será definido através das cobranças de pênaltis.