Palco da decisão da Libertadores na próxima quarta-feira (22), o Pacaembu é a esperança do Santos para triunfar sobre o Peñarol e conquista a taça pela terceira vez. O histórico do estádio, porém, aponta que é bom os torcedores colocarem as barbas de molho.

O Pacaembu recebeu jogos de times paulistas em várias edições da principal competição sul-americana, mas os resultados foram sempre pífios, a ponto de o estádio poder ser considerado uma espécie de “cemitério” para as equipes que dele fizeram sua casa.

Se o torcedor acha que isso é conversa para supersticioso, vale lembrar que essa foi uma das razões adotadas pela diretoria para escolher o Pacaembu como local da finalíssima. A outra opção era o Morumbi, onde o Santos perdeu a final da Libertadores de 2003 para o Boca Juniors.

O caso mais recente de fiasco no Pacaembu foi com o Corinthians, em 2010: o Timão venceu o Flamengo por 2 a 1, pelas oitavas de final, mas foi eliminado porque havia perdido por 1 a 0 no jogo de ida, no Maracanã, por causa do critério dos gols marcados fora de casa.

Quatro anos antes, o Timão havia sido eliminado em casa diante do River Plate, com uma derrota por 3 a 1, de virada, depois de ter perdido por 3 a 2 na Argentina. Esse jogo foi traumático por causa dos pesados protestos da torcida, que atirou objetos em campo e só não invadiu o gramado por causa da ação de alguns policiais.

O Palmeiras também tem seu histórico de fracassos. Há 50 anos, o time perdeu a segunda Libertadores, coincidentemente para o Peñarol, com um empate por 1 a 1 no Pacaembu - no jogo de ida, o time havia perdido por 1 a 0.

Em 1968, o Verdão faria outra decisão no estádio municipal e desta vez se deu bem, vencendo o Estudiantes por 3 a 1, mas a vitória de nada adiantou: como os argentinos venceram por 2 a 1 o primeiro jogo, e o saldo de gols não contava, a decisão foi para uma terceira partida, em Montevidéu, e o Estudiantes levou a melhor.