Na audiência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Aurélio usou o regimento da Câmara e pediu vistas do projeto. O procedimento atrasa as votações em até dois dias, prazo-limite para o vereador devolver o documento. Como quinta-feira (23) é feriado, ele pode segurar a votação até segunda-feira (26).
Em entrevista ao R7 logo após a sessão, Aurélio defendeu que o incentivo não deve ser aprovado.
- Acho uma vergonha dar R$ 420 milhões para a construção do estádio. Eu sou favorável que o Corinthians construa seu estádio, mas com recurso privado. Foi o que prometeram em todos os momentos, e agora mudaram de ideia. Recurso público é para a cidade de São Paulo, que precisa muito.
Aurélio planeja ainda pedir explicações à prefeitura sobre o estádio e dados objetivos em relação ao retorno que a construção dará para a cidade de São Paulo. Se realmente estiver disposto a estudar o caso e impedir a aceleração do projeto, o vereador pode levar o assunto até o recesso parlamentar, que começa em 1º de julho. Se isso acontecer, o prefeito Gilberto Kassab pode até convocar os vereadores para trabalhar no recesso.
Prazo
A maior preocupação de Andrés Sanchez e de Kassab é que os vereadores não aprovem o pacote de incentivos a tempo de mostrar para a Fifa que os R$ 420 milhões são garantia de que o Fielzão será construído. A entidade mandará representantes ao Brasil em 11 de julho, e a obra da arena já deve estar viabilizada no papel, o que ainda não aconteceu.
Bastidores
A sessão da CCJ foi bem tumultuada nesta terça. Assim que começou. Aurélio Miguel (PR) pediu votação nominal para aprovar ou não o projeto do Fielzão. Apenas ele e o vereador Adilson Amadeu (PTB) foram contra. José Américo (PT), Abou Anni (PV), Adolfo Quintas (PSDB), Dalton Silvano (sem partido), Arselino Tatto (PT), Salomão (PSDB) e Milton Leite (DEM) quiseram aprovar o pacote.
